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COLUNISTAS

Negros continuam sub-representados nos espaços públicos

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No país onde 56% da população é negra, é estranho que o 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, não seja um feriado nacional, mas sim um feriado municipal, ou seja, na maioria das cidades do país ele não é comemorado, incluindo muitas capitais. Mesmo assim, muitos insistem em dizer que não há preconceito em razão da cor. 

Por falar em feriado, muitos daqui podem não saber, mas Bom Conselho é parte de uma região de quilombo, aqui como em todo o Estado, a maioria da população é negra. Contudo, o dia de hoje é lembrado apenas com a notícia de outras cidades do país. Aqui não é feriado, nem há atividades sobre a relevância do dia.

Hoje é dia de lembrar figuras como Zumbi e sua luta nos Quilombo dos Palmares, na antiga capitania de Pernambuco; Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar, que lutou no Ceará pela libertação dos escravos, forçando aquele Estado a ser o primeiro Estado brasileiro a declarar a libertação antes mesmo da Lei Áurea ou ainda do baiano André Rebouças, todos líderes que lutaram para acabar com flagelo da exploração, desrespeito, abusos e crimes contra os negros que vigorou por mais de trezentos anos no país.

Como estamos em período eleitoral, é tempo também de avaliar a representação dos negros decorrente das eleições do último domingo.

O Brasil tem mais de 56% de negros. Mas, em todos os segmentos de representação essa parcela da população continua sub-representada. Já falei ausência de negros nos governos estaduais, nas assembleias, na Câmara dos Deputados e no Senado, nas direções de empresas, no comando de estruturas de governo ou no Poder Judiciário.

Nas prefeituras e Câmaras de vereadores, o resultado da eleição mostra o aumento da representação de negros. Contudo, ainda bem aquém da parcela que eles representam. Nas prefeituras eles serão 32% dos prefeitos eleitos, enquanto nas Câmaras de Vereadores a representação será de 44%. Novamente, os números confirmam o desequilíbrio na representação da parcela maior da população.

Olhar, avaliar e discutir esses desequilíbrios não pode ser reflexão de um dia apenas, deve ser uma preocupação permanente da sociedade, do parlamento e de governos, para a elaboração e aperfeiçoamento de políticas de inclusão para milhões de pessoas que vivem em condições precárias, sub-humanas e discriminadas há séculos. É sobre isso que a sociedade precisa cuidar para que possamos diminuir a desigualdade reinante em nosso país.

*Francisco Alexandre – Piúta

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