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COLUNISTAS

Problemas e perspectivas do jornal impresso

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Aqui no Brasil, por enquanto, não se observa uma grande crise nos jornais impressos. Contudo, nosso país sempre priorizou as mídias eletrônicas (lembrando os tempos de ouro do rádio e a TV, preferência nacional) como fonte de notícias.

A internet, com seus quase 40 milhões de usuários no país, para muitos é a única e preferida forma de se manter informado e se configura como uma ameaça ao jornalismo de papel. Tudo isso faz com que uma séria discussão sobre o futuro do jornal impresso surja em vários segmentos da sociedade.

Já sai caduco da gráfica

Desde os romanos, com a sua Acta Diurna afixada em locais públicos, o ato de informar tornou-se algo estritamente ligado à civilização. Com as inovações tecnológicas, o jornal saltou do modo de produção artesanal para uma complexa e alucinante indústria de informação.

Durante décadas, o impresso reinou absoluto como mídia de massa (ou melhor, para as massas). A sua evolução acompanhou o desenvolvimento social (alfabetização), a capacitação dos jornalistas e revoluções tecnológicas das impressoras e da fotografia.

O advento da eletrônica e seus produtos, como o rádio e a TV, reposicionou a função do jornal impresso, já que a informação para esses meios é processada e repassada de forma mais rápida para a sociedade.

O jornalismo impresso comete o pecado de não aprofundar o fato (salvo raras exceções), veiculando somente no dia seguinte o mesmo conteúdo que a rádio divulgou pela manhã e a TV reforçou com imagens, à noite.

Muitos jornais se limitam, atualmente, a repetir o que o leitor já sabia de antemão. Se o leitor já sabe, é difícil que ele se interesse pelo mesmo conteúdo. O papel que se vende nas bancas atualmente já saiu do parque gráfico caduco. Esse é um dos motivos da crise por que passa o jornalismo impresso.

Trunfos e iniciativas

Não são só as mídias eletrônicas e o erro dos jornais de simplesmente veicularem notícias velhas que são os inimigos do jornalismo impresso. A rede mundial de computadores está eliminando paulatinamente os jornais em todo o mundo.

Existe uma suposta democratização da informação em que o chamado ‘jornalismo cidadão’ está crescendo de uma maneira espantosa. Trata-se de informação veiculada em blogs e redes sociais (destaque para o Twitter, a nova coqueluche virtual), produzida por qualquer pessoa alfabetizada e que tenha conexão com a internet.

Pode-se imaginar o nível de amadorismo que essas iniciativas carregam. Até mesmo os grandes portais de notícias são uma ameaça para o impresso, pelo mesmo motivo das mídias eletrônicas.

Vale lembrar que a crise financeira observada nos últimos meses foi um duro golpe para os publishers. A publicidade, principal fonte de renda dos jornais, foi reduzida drasticamente, piorando ainda mais a saúde financeira das empresas da informação impressa.

Mesmo nesse ambiente cada vez mais inóspito, o jornal impresso possui potencial para sobreviver. Primeiro, por sua própria tradição. As gerações anteriores aos computadores, mesmo com a inclusão digital verificada ostensivamente, não possuem incentivos suficientes para abandonar o papel e ficar na frente do computador ou perder o prazer de leitura na frente de uma televisão.

Sua portabilidade

A portabilidade da informação também é um trunfo para o jornal, uma vez que ele pode ser levado para qualquer lugar. Além disso, ainda somente o jornalismo de papel consegue recursos para enviar jornalistas a campo, o que dá uma riqueza incomparável para a qualidade da informação. Algumas iniciativas, como a criação de tablóides populares, estão dando uma sobrevida ao impresso.

A sobrevivência do jornalismo impresso tem tudo para se consolidar. Mas, é preciso que os editores inovem a postura diante da notícia. Se para o processo de produção do jornal a única notícia é aquela que já passou, cabe ao impresso apresentar um análise aprofundada do fato e construir uma opinião consistente.

Dessa forma, o indivíduo que valoriza a informação ficará cativo dos comentários e opiniões que o jornal pode apresentar e o bom e velho impresso pode continuar fomentando o desenvolvimento da sociedade.

*Por: Paolo Philippe de Araújo Xavier: Estudante de Jornalismo, Centro Universitário Newton Paiva, Belo Horizonte, MG

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