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Polícia Federal assume investigação da morte de promotor em PE

Thiago Faria Soares foi executado há quase um ano, em Itaíba.
STJ federalizou o caso e apontou conflito entre MPPE e Polícia Civil.

Do G1 PE
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Promotor seguia na PE-300 com a noiva e tio dela quando foi morto.
A Polícia Federal assumiu as investigações do caso da morte do promotor Thiago Faria Soares, assassinado em outubro de 2013 em Itaíba, no Agreste de Pernambuco. A informação só foi confirmada nesta sexta-feira (10) pelo superintende da PF no estado, Marcelo Diniz Cordeiro, apesar de o órgão ter assumido o caso em setembro. Foi designado especialmente para conduzir as investigações sobre o homicídio um delegado do departamento de Crimes Contra a Pessoa, de Brasília. A transferência de responsabilidade foi decretada pelo Superior Tribunal de Justiça.
O nome do delegado não foi divulgado. O superintendente afirma que a Polícia Federal não descarta nenhuma hipótese sobre o crime. “Está sendo feita uma análise de todo o material que já foi levantado, que já foi apurado até então. Também já foram iniciadas algumas diligências de campo que a equipe julgou necessárias, principalmente entrevistas, oitivas, inquirições, entre outros tipos de levantamento. Todas as linhas de investigação são consideradas e, com o tempo, tudo isso vai ser trazido à tona e levado para a Justiça o trabalho feito pela Polícia Federal”, afirma Diniz.
Em agosto deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a imediata transferência de responsabilidades no caso do promotor para os órgãos federais. Para o ministro relator, Rogerio Schietti Cruz, é notório um conflito entre Polícia Civil e Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A Polícia Federal já estava a par de alguns atos urgentes, depois de liminar, enquanto tal determinação não era decidida. O pedido de federalização foi feito pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot.
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Entenda o caso
O promotor Thiago Faria Soares estava acompanhado da noiva, Mysheva Martins, e do tio dela, quando dirigia pela PE-300, no município de Itaíba, no dia 14 de outubro de 2013. Segundo simulação ocorrida em 23 de dezembro, os três foram perseguidos por um carro. O homem que estava no banco de trás desse veículo atirou com uma espingarda 12, acertando o promotor. Mysheva saiu do carro do noivo e se protegeu no barranco; o tio dela também saiu do veículo e andou pelo acostamento. Os atiradores voltaram e o homem que estava atrás atirou outras três vezes, antes de deixar o local do crime. Mysheva e o tio escaparam ilesos.
Antes da federalização, uma das linhas de investigação apontava para uma discórdia sobre a posse da Fazenda Nova, que fica em Águas Belas, também no Agreste. José Maria Pedro Rosendo Barbosa, o posseiro das terras, teve de deixar o local depois de uma ação judicial. Por causa de uma dívida trabalhista na Justiça Federal, Mysheva Martins conseguiu comprar a sede da fazenda. Nesse processo, ela teria recebido ajuda do noivo, o promotor Thiago Faria. Na desapropriação, ele esteve na fazenda com um oficial de Justiça. Irritado com o caso, José Maria Pedro Rosendo Barbosa, segundo a polícia, teria encomendado a execução do promotor ao cunhado, Edmacy Cruz Ubirajara, que esteve preso e foi solto no dia 18 de dezembro. Até o momento, no entanto, José Maria está foragido.
Para o STJ, “o crime estaria inserido no contexto de atuação de grupos de extermínio na área, conhecida como Triângulo da Pistolagem”. Parentes da noiva do promotor já foram alvo de denúncias e investigações sobre este tipo de crime na região.

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