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Itamaraty ganha aval dos EUA para indicação de Eduardo Bolsonaro
Agora, o presidente Jair Bolsonaro poderá formalizar a indicação no Diário Oficial da União (DOU) e encaminhar o nome ao Senado, que precisa aprovar o deputado para a embaixada.
O Ministério das Relações Exteriores recebeu o aval oficial dos Estados Unidos para que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, seja embaixador do Brasil em Washington. A assessoria do Itamaraty confirmou que o ministério recebeu a resposta dos EUA ao chamado pedido de ‘agrément’ do governo brasileiro.
Agora, o presidente Jair Bolsonaro poderá formalizar a indicação no Diário Oficial da União (DOU) e encaminhar o nome ao Senado, que precisa aprovar Eduardo Bolsonaro para a embaixada. Bolsonaro já disse que só estava esperando a resposta dos Estados Unidos para encaminhar o nome do filho ao senadores.
Na quarta-feira (7), Eduardo Bolsonaro conversou com senadores buscando apoio para a indicação à embaixada brasileira. “Se eu for merecedor de ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos, certamente é uma missão que eu vou assumir, mas depende dos senadores”, disse o deputado antes de uma reunião com o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS).
No início do mês, após reunião com Ernesto Araújo, o próprio Eduardo Bolsonaro defendeu sua indicação e disse ter requisitos para ocupar o cargo mais importante da diplomacia brasileira: “Sou presidente da Comissão de Relações Exteriores [da Câmara]. Já fiz intercâmbio, já fritei hambúrguer lá nos EUA, no frio do Maine, estado que faz divisa com o Canadá. No frio do Colorado, numa montanha lá, aprimorei o meu inglês. Vi como é o trato receptivo do norte-americano para com os brasileiros. Então acho que é um trabalho que pode ser desenvolvido. Certamente precisaria contar com a ajuda dos colegas do Itamaraty, dos diplomatas, porque vai ser um desafio grande. Mas tem tudo para dar certo.”
Sobre as críticas de que a indicação seria nepotismo, o presidente Bolsonaro chamou as afirmações de “hipocrisia”, mas admitiu que o Senado pode barrar o nome de Eduardo. “Sim, o Senado pode barrar sim. Mas imagine que no dia seguinte eu demita o (ministro de Relações Exteriores) Ernesto Araújo e coloque meu filho. Ele não vai ser embaixador, ele vai comandar 200 embaixadores e agregados mundo afora. Alguém vai tirar meu filho de lá? Hipocrisia de vocês”, respondeu a jornalistas, ao deixar o Palácio do Alvorada para participar de um culto evangélico em Brasília.
Por: Agência Brasil
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