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Inflação de saúde e custos com planos particulares disparam

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Entre a virada do ano e o carnaval o brasileiro vive o que na linguagem popular chamamos de “cortar um dobrado”. Nesse período, as contas aumentam com matrículas escolares, compra de livros e uniformes, IPVA e IPTU. Para a classe média é tempo também do reajuste dos planos de saúde.
               
Ter um plano de saúde era uma solução para se livrar da ineficiência do sistema público. Mas já vai longe o tempo em os planos eram símbolos de atendimento e de eficiência. Na direção oposta da qualidade dos serviços prestados, os preços dos planos de saúde sobem a preços impraticáveis, entre 2014 e 2020, o preço médio dos planos de saúde subiram 86,1%, enquanto a inflação, IPCA, no mesmo período foi de 34,6%, representado um aumento de 38,3% acima da inflação em seis anos.
               
A justificativa para aumentos acima da inflação tem sido o que chamam de inflação médica, que de 2014 a 2020 atingiu 159,7%, ou 92,9% acima da inflação do mesmo período. Os aumentos seguidos muito acima das taxas de inflação colocam o Brasil entre os quaro piores do mundo em distorção de inflação médica, estamos juntos com a Costa do Marfim, Uganda e Malásia. Os números não nos ajudam quando comparamos com os nossos vizinhos, a foto também não é boa.
               
Enquanto no Brasil a diferença entre a inflação e o que se chama de inflação médica são 12,5%, na América do Norte são 4%, na Europa 3%, com destaque para a Suécia onde a inflação médica é igual a inflação e Austrália com 1,4%.
               
As empresas de saúde no Brasil alegam que aumento da longevidade das pessoas e o avanço da tecnologia são os responsáveis pela manutenção da inflação médica em dois dígitos. Sustentam essa posição para defenderem a diminuição das responsabilidades. Alegações que não se sustentam quando se compara a nossa realidade com a europeia, lá a população vive mais e é mais velha que a nossa, eles têm custo entre os menores, com 3% acima da inflação média.
               
Na Europa os que menos gastam, como a Suécia, a regra de remuneração das empresas é por atendimento, com adoção de médicos de família, atendimento ambulatorial, histórico dos pacientes, a regra de remuneração por atendimento evita o excesso de exames e definição de pacote de atendimento. Enquanto o método no Brasil que adota o método por procedimento torna o sistema mais vulnerável a gastos.
               
A inflação médica é uma equação a ser resolvida pois ela impacta o sistema público sobrecarregando ainda mais as finanças de estados e municípios. Nos planos particulares o efeito de seguidos aumentos muito acima da inflação tornam os planos impraticáveis diante de custos exorbitantes.
Piúta
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