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Os lucros abusivos dos bancos

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Como bem disse Tom Jobim, o Brasil não é país para amadores. Realmente não é, a cada dia o cidadão se depara com dificuldades e desafios para sobreviver. Desafios como o desemprego, violência, salário aviltante e, um governo que mira sempre nos pobres.
Esses dias o Ministro da Fazenda, ex-banqueiro, chamou trabalhadores de parasitas e disse que o dólar deve subir para evitar que empregadas domésticas viajem ao exterior, entenda-se pobres, pois esse foi o sentido da fala. Foi também período de divulgação dos lucros dos bancos.
O sistema financeiro do país é perverso, ganha sempre. Nos últimos quatro anos, os ganhos dos três maiores bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander) superaram R$ 260 bilhões. Só em 2019 foram R$ 81 bilhões. no quesito receita de serviços, o valor vai para as nuvens, com arrecadação de R$ 440 bilhões nos quatro anos, dinheiro vindo das tarifas bancárias, anuidades de cartão de crédito, taxas de operações de crédito, pagamento de transferências e outros.
Com preços sempre mais altos, os serviços se tornam fonte relevante dos bancos, ou seja, é a patuleia pagando taxas extorsivas, além dos juros abusivos, para compor os lucros dos banqueiros, os mesmos que se mantêm há séculos no andar de cima. Enquanto a inflação no período de quatro anos foi de 17,6%, os ganhos líquidos dos bancos superaram 81% no mesmo período.
O Bolsa Família, benefício pago para mais de 14 milhões de famílias, correspondente a aproximadamente 50 milhões de brasileiros, pagou 33 bilhões, equivalente a apenas 30% do que os três bancos ganharam em 2019, R$ 81,6 bilhões, para aumentar ainda mais a riqueza de seus os proprietários, que são pouquíssimos.
Os ganhos aumentam, mas as agências e os pontos de atendimentos seguem fechando. Entre 2016 e 2019 foram fechados mais de 2.330 em todo o país. Mais de 2.300 municípios no país não têm uma agência bancária sequer. São 17 milhões de pessoas fora do sistema bancário.
O nosso país é mesmo desigual, qualquer dado que se avalie mostra a necessidade de políticas públicas para diminuir o fosso entre pobres e ricos do país. Os resultados dos lucros dos bancos, mostrados a cada balanço, revelam como é distribuída a riqueza e ganhos no país, pois o lucro dos bancos leva ainda dinheiro dos juros de 40% da dívida pública do país, ou R$ 1,7 trilhão.
Por qualquer lupa que se olhe o Brasil, é fácil perceber que há um grupo que suga a nação há séculos. Representa 1% ou 2% dos brasileiros, são esses que se alimentam dos recursos públicos com benefícios fiscais, financiamentos a custo baixo, benefícios tributários e leis aprovadas para favorecer grandes empresários, enquanto para o povo sobra o aumento de impostos.
As profundas desigualdades, mecanismos de favorecimento e apropriação de recursos do país pelo poder econômico, permitem concluir que não são os trabalhadores, e muito menos as domésticas, a causa da crise do país. O ministro da Fazendo, ex-banqueiro, erra o alvo ao atacar o povo. Se ele olhar para seus parceiros banqueiros poderá visualizar quem são os parasitas do país.
Francisco Alexandre – Piúta
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